Bom dia a todos os Moukistas, familiares, amigos e simpatizantes.
No passado fim de semana (18 e 19 de Junho de 2011), 18 betetistas rumaram de Agualva até ao Santuário de Fátima.
A ligação entre Agualva e o Oceanário, foi feita de comboio. Pelas 07H15 estava tudo pronto para iniciar a pedalação, já com a malta de Alverca que nos aguardava junto ao Oceanário. Pela frente tinhamos 148 kms para percorrer.
1º dia:
A primeira etapa levou-nos até Alverca onde tinhamos um magnífico pequeno almoço à espera, os primeiros kms estavam feitos. Nesta paragem ainda tivemos a companhia de um betetista espanhol que tinha como objectivo ir até Santiago de Compostela, uma boa viagem para ele.
Estava na hora de voltar a pedalar e aí fomos estrada fora até Vila Nova da Rainha, novo reabastecimento e juntou-se a nós mais um elemento, agora o grupo estava completo.
Próximo destino Valada, o ritmo era bom e o tempo ajudava, apenas um pouco de vento de frente mas nada demais. Na zona das plantações do tomate, um pequeno acidente, uma queda que deixou marcas no nosso amigo Lopes, felizmente nada de grave e poucos minutos depois estava recomposto e a pedalar.
Em Valada quando estavamos a reavaliar o estado do Lopes tivemos a ajuda valiosa de uma enfermeira, que estando no local com familiares e amigos, prontificou-se a assistiu o Lopes, fazendo o curativo e ficando tudo mais sossegado, pois tratava-se apenas de um pequeno corte. Estava na hora de almoçar, ainda houve malta que não resistiu a um mergulho no Rio Tejo.
13H15 e tinhamos que voltar a pedalar, lá fomos direitos a Santarém, depois de atravessarmos a cidade uma paragem no parque de merendas de Azoia de Baixo para reabastecer.
A partir daqui o terreno começou a ser mais exigente mas nem por isso o grupo vacilou e pouco tempo depois estavamos em Santos para mais um reabastecimento e algum descanso.
Os trilhos já não eram os mesmo que encontramos até Santarem, mais duros, pedra solta, súbidas, regueiras fundas etc, mas nada fazia esmorecer o espírito, afinal Olhos de Água estava a 11 kms.
Vencida a súbida dos moínhos a coisa estava práticamente feita e às 17H15 estavamos a chegar ao local da pernoita em Amiais de Baixo.
Alongamentos, lavagem e lubrificação das bikes, um bom duche, piscina, umas minis e estava tudo bem disposto e animado.
O jantar foi servido pelas 20H00 nos Olhos de Água, regresso aos alojamentos e chegou a hora de dormir.
2º dia:
Pequeno almoço às 08H00, saída às 08H30, Fátima estava cada vez mais perto, passagem pelos Olhos de Água e toca a entrar pela serra fora, o Miradouro da Serra de Santo António esperava por nós. Reabastecidos no alto da serra e feitas a recomendações de segurança lá fomos a rolar em alta velocidade direitos a Minde, já faltava muito pouco. Todos sabiam que depois de se atingir as eólicas as súbidas e caminhos menos bons estavam ultrapassados.
A 5 kms da chegada um furo que obrigou à troca da camara de ar e voltou-se a pedalar, 2 kms à frente novo furo, nova paragem para resolver o problema.
Finalmente pelas 12 horas o MoucaBTT entrou no Santuário de Fátima com familiares e amigos à nossa espera. A sensação é maravilhosa.
Seguiu-se a tradicional foto, banhos e o grande piquenique. Depois houve tempo para visitar o Santuário e pelas 16 horas estava na hora de arrumar tudo para regressar a casa.
Um agradecimeto a todos os que se deslocaram a Fátima para se juntarem ao grupo de betetistas que pelo terceiro ano vai ao Santuário de Fátima em BTT.
Bem haja aos que durante o deslocamento telefonaram ou enviaram mensagens, demonstrando preocupação e solidariedade com todos os participantes.
Para o pessoal do apoio muito obrigado, sem voçês talvez não fosse possivel chegar ao Santuário.
A grande responsável pela logística terá de ter uma palavra especial, pois não é fácil ter a máquina afinada com as limitações que temos, estava tudo muito bom, em qualidade e quantidade, foram muitos os que manifestaram o agrado pela forma como as coisa correram, bem haja Dona Emília.
Agradecimento aos organizadores pela disponibiliade e planeamento deste Mega evento, sem o trabalho desenvolvido pelo António e pelo Pires não seria possivel levar a bom porto a III Peregrinação em BTT Mouca-Fátima.
Para os participantes repetentes espero que tenha valido mais uma vez a pena pedalar até Fátima e que para o ano possamos voltar ao Santuário com o mesmo espírito e vontade.
Quantos aos novatos que todas a espectativas criadas à volta deste evento tenham sido superadas e que tenham ficado com vontade de repetir.
Para os betetista e pessoal de apoio foi um fim de semana de fortalecimento da amizade e camaradagem existente no seio do MoucaBTT, daqui a uns anos ainda se vão recordar com saudades deste belíssimo passeio até Fátima.
Boas pedaladas e até para o ano.
A Direcção.
Crónica de um Peregrino (Pedro Lopes). Muito bom clique para ler.
Resolvida a questão e já bem regelados vai de atacar a Serra de Montemor, até atingir o Penedo do Gato, depois de umas descidas e subidas espectaculares. A paisagem deve ser espectacular num dia sem nevoeiro, é verdade depois da Dona Maria caiu um nevoeiro tal que a visibilidade era reduzida, via-se a uns 30 - 40 mts, nada mais, com uma humidade sempre incomoda. Piso molhado com lama e pedra solta a proporcionar momentos verdadeiramente espectaculares no dominio e equilibrio da máquina. Atingimos declives dos 19,7 aos - 21,1 %, de cortar a respiração e arrasar com as pernas.
Só agora coloco esta mensagem pois estava a aguardar por algumas fotos. Quando aparecerem são colocadas no blog e facebook
De regresso à Ribeira da Cabrela, fomos súbindo por cima de pedras, lama, paus e sei lá mais o quê, mas o trilho é simplesmente magnífico, atingimos a calçada romana que vai para Montelavar e logo a seguir o Bosque dos Caçadores. Os túneis formados pela vegetação são muitos o que torna ainda mais espectacular o passeio. Bastava agora súbir até Armés, e as maiores dificuldades tinham sido superadas, mas o João Paulo conseguiu partir a corrente e vai de reparar a máquina. De volta à estrada fomos até Fação, Cortegaça, Pexiligais, Meleças, Mira Sintra e por fim Agualva. Esta parte final era para ser feita pela Mata de Fitares, hortas e só depois a chagada a casa, mas o adiantado da hora levou-nos a atalhar por Meleças. Assim, chegámos cansados, muitos já com as câmbrias a morderem, atingimos os 41 kms propostos. Muitas dificuldades e dureza neste Raid Vermelho, mas sem dúvida um passeio para repetir. Um grande abraço a todos e boas pedaladas.
